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NADA É IMPOSSÍVEL! Será que a Fé remove montanhas?


SERÁ QUE A FÉ REMOVE MONTANHAS?


"E, quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse: Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas, na água. Apresentei-o a teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino. E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado. Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo? E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível. Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum (Mateus 17:14-21)."


EXÓRDIO:


Uma afirmação: NADA É IMPOSSÍVEL! E uma pergunta: SERÁ QUE A FÉ REMOVE MONTANHAS?


A afirmação está no texto acima, pois o próprio Jesus fez a afirmaçãode que nada é impossível. E mais, em Marcos 11:20-24, Ele não só reafirma como garante que, se não duvidarmos daquilo que estivermos pedindo em oração, será tal como dissermos:


E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou. Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te ao mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.


FUNDAMENTAÇÃO:


O contexto de Mateus 17:14-21 revela o fato de os discípulos não conseguirem expulsar o demônio do filho daquele homem. Jesus disse que a causa foi a pequenez da fé. Jesus disse ainda que se tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderiam transportar montes (ou aquele monte?) de lugar. E nada será impossível.


Jesus volta a repetir a mesma fala no episódio da figueira que não havia fruto, narrado por Marcos 11:20-24. Aqui Jesus explicita melhor a questão atinente à fé; e o apóstolo Paulo, ao discorrer sobre o fato de a fé poder remover montanhas, diz que se não houver amor, isto não tem proveito algum – I Cor.13:1-3.


Afinal, pela fé conseguiremos ou não, remover montanhas? Essa é a questão que nos deixa intrigados. Qual o efeito prático de remover montanhas? Como Deus seria glorificado se removêssemos montanhas? Onde estaria a demonstração e o exercício prático do amor na remoção de montanhas?


Em guisa de verdade, a lição que Jesus ensinou com estes episódios foi a dimensão da fé e não a remoção de montanhas. E esta fé deve estar dentro do contexto bíblico, de forma harmonizada, interligada, com finalidade, com propósito, buscando o alvo, que é a glória de Deus. O objeto da fé sempre será a pessoa de Deus: “Tende fé em Deus”. Mesmo a fé em Jesus é fé em Deus – Eu e o Pai somos Um (João 10:30).


Dentro desse contexto, vemos em João 15:7-8, Jesus fazendo a seguinte afirmação: Se estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. A condição é estar em Cristo e Ele em nós para que nossos pedidos sejam atendidos e Deus seja glorificado. O objetivo da oração é glorificar a Deus.


Sendo assim, a questão passa a estreitar um pouco a nossa compreensão sobre o assunto de que a “oração remove montanhas”. Para estar em Cristo é preciso tomar conhecimento, acreditar e se entregar para receber os efeitos da operação da cruz, que são: Atração no Corpo de Cristo (João 12:32); crucificação com Cristo (Rm.6:6); morte no Corpo de Cristo (II Cor.5:14); sepultamento juntamente com Cristo (Rm.6:1-5) e ressurreição juntamente com Cristo (Efésios 2:6).


Sem esta experiência de morte subjetiva e compartilhada com Cristo e em Cristo na cruz de Cristo, não posso dizer que estou em Cristo e que as palavras dele estão mim. Isto é conditio sinequa non.


Se estivermos em Cristo e as palavras dele em nós, disse Jesus: pedireis o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.


Estando em Cristo, pelo novo nascimento, quem vai produzir fruto em mim é o Espírito Santo – Gl.5:22-23. Esse fruto é para a glória de Deus e não do homem – Rm.7:4. Não é proveniente de obra humana, mas resultado da graça divina. É para glorificar ao SENHOR e não exaltar o homem. É para engrandecer o reino de Deus e não promover o império das trevas. É para beneficiar outros e não a si próprio.


Em conclusão, jamais se viu ou se ouviu falar de alguém que houvesse orado e transportado montes. Será que há algo de errado nisso? Por que não há nos registros da história nenhum fato que comprove que a fé pode remover montanhas?


Devemos voltar nossa atenção para o texto bíblico, pois o monte ao qual Jesus se referia era o monte Sião, onde eles estavam, também chamado de Jerusalém, de onde o evangelho devia sair e ser pregado até aos confins da terra, conforme Ele mesmo disse em Atos 1:8.


Jesus foi enfático nos dois episódios e literalmente disse: “este monte”.Prestemos atenção no pronome empregado por Jesus: este. Jesus não disse: “direis aos montes, a qualquer monte, ou àquele monte”, mas, este monte. Portanto, não estava se referindo ao fato de remover montanhas, ou qualquer monte, mas àquele monte, o Monte Sião. Era esta remoção de monte ou da montanha que Jesus estava se referindo, o que poucos entenderam e continuam sem entender ainda hoje.


Ele falava aos seus discípulos no Monte Sião, também conhecido na Bíblia como Jerusalém. Era àquele monte que Jesus se referia. Era aquele monte que precisava, podia e devia ser removido pela fé para que o Evangelho avançasse e expandisse até aos confins da terra (Atos 1:8): Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.


Jesus tratou de questões espirituais. Quando temos os olhos abertos por Deus, para a pessoa de Cristo e não para as coisas deste mundo, vemos que o propósito de Deus é que o Evangelho seja propagado até aos confins da terra, portanto, não podia ficar restrito a Jerusalém. E assim aconteceu com os discípulos que após a ressurreição de Jesus ganharam coragem – dada pelo Espírito Santo – e passaram a pregar o evangelho além fronteiras.


CONCLUSÃO:


A infundada crença de que a fé remove montanhas não está de acordo com o ensino de Jesus. Para muitos, remover montanhas significa remover problemas, o que está de acordo com o pensamento judaico da época, pois, para eles, remover montes significava resolver problemas, especialmente em questões de interpretação da lei. Contudo, não é isso o que está no texto bíblico.


Quem ora com verdadeira fé, aquela que brota das escrituras, que vem de Deus, que é gerada pela Palavra de Deus, descansa à sombra do onipotente, como diz o Salmo 91:1-2.


Hodiernamente, os montes a serem transportados pela fé, são os montes da incredulidade. Isto sim, está de acordo com o texto e contexto colocado por Jesus. Ao remover o monte da incredulidade, pela fé na Palavra de Deus e na obra consumada por Cristo, na cruz, Deus é glorificado em nossas vidas e o Evangelho vai se expandindo mundo afora, até aos confins da terra.


À Ele seja toda a honra e toda a glória para todo o sempre! Louvado e engrandecido seja o SENHOR!


Amém e amém!!!

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